terça-feira, 27 de novembro de 2012

Eh pah, deixai-os ir....

Fugiram 3 reclusos de nacionalidade estrangeira da prisão anexa à PJ no Porto.

Moral da história:
1 - Se fossem portugueses não tinham fugido, já que cá fora não teriam alojamento nem comida garantida.

2- Deixai-os ir, menos 3 a comer às custas do povo…

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Route droite

O que se passa com a direita francesa é algo digno de registo, imaginável apenas nas “democracias” do terceiro mundo.
Acusações de fraude, de violações bárbaras dos princípios democráticos, tudo num País onde um dia se inventou a Liberdade Igualdade e Fraternidade.

Esta é a leitura rápida, com Le Pen a esfregar as mãos de contente.
Ria-se que é por pouco tempo, que eu cá acredito plenamente na sobrevivência da UMP, tal como acredito que voltará a ser poder em França.

Quanto a irregularidades, em todo lado existem, desde as pequenas concelhias partidárias, às distritais e nacionais.
Quantos militantes de base vêem as suas cotas pagas por terceiros?

Milhares, amigos, milhares………
Façamos contas:
Numa concelhia partidária (de um partido do arco do poder) com 3 mil militantes, onde exista uma taxa de abstenção na ordem dos 40%.

Votam 1800……
Se uma lista tiver a capacidade para conseguir controlar o voto de 400 pessoas, somadas aquelas que livremente exercem o sentido de voto e que optam por aquela lista, então de certeza que será a lista vencedora….

A preços correntes o custo de 400 cotas é o de 2400 euros…… muito pouco comparado com a probabilidade de vir a ser poder, que passa a ser exponencial….
Também isto aconteceu e acontece em Ourém, onde estão as concelhias partidárias que melhor conheço.

Fraudes eleitorais, trapalhices e trapalhadas sempre existiram, e o que acontece em França é uma chapada para os ditos democratas que olham para as ditaduras do terceiro mundo com uma autoridade e legitimidade que não têm.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Até eu seria radical....

Portugal condenou veementemente ataque terrorista a Israel.
Estados Unidos congratulam-se com o César Fogo e pedem para que não sejam lançados mais rockets sobre Israel.

O Hamas é um grupo radical, extremista.
Mas acreditem, moderado como sou, se tivesse nascido na Faixa de Gaza, também seria extremista, radical etc e tal……..

O protetorado de Israel abusou, abusa e abusará, com a conivência de um ocidente subserviente às grandes potências, nomeadamente aos EUA.

Convem ter um alidado naquele local do globo, e isso tem sido penoso para muitas famílias, para os Palestinianos.

Alguém me explica como não há uma palavra de solidariedade para com esse povo?

Nem que seja falsa, fingida, mas que haja…..

Uma mãe estava a dar explicações ao filho quando um míssil caiu nas imediações de sua casa. Ambos sobreviveram, mas a vida desmoronou-se que nem os tijolos.

Mas para esses, nem Clinton nem os Tugas têm uma palavra.





quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A necessidade de ir ao Mercado

Infelizmente somos um país cronicamente deficitário, o que nos obriga a usar emprestado.
É normal portanto termos que “ir ao mercado”, como qualquer família faz para preencher a sua despensa, sempre que não produz o que necessita para comer.
A aversão que temos aos mercados resulta portanto de uma situação crónica, infelizmente para nós, já que não temos um quintal suficientemente rico para nos autosustentarmos nem uns capatazes capazes de o fazer render.
Mas se achamos normal alguém ir comprar cenouras, não compreendemos o facto de termos que ir comprar dinheiro e do vendedor desconfiar de nós, porque pedimos sempre fiado.
Ultimamente, como hoje, os vendedores têm confiado na nossa capacidade de pagar o que nos emprestam.

Existe um problema de regulação de mercado, verdade pura e dura!
Mas o problema maior é a nossa dependência dele. Não vale a pena atirar pedras, governámo-nos mal, particularmente na última vintena de anos.

Com uma agravante, tentamos corrigir em 3 anos o mal de 20.

Como um Primeiro-ministro chegou a dizer, só lá vamos com crescimento ano na casa dos 3% do PIB, para racionalizar um endividamento externo que deveria andar na casa dos 50% desse mesmo PIB.

Infelizmente, como mostro, estamos muito longe disso, teremos ainda muitas cenouras que pedir emprestadas, de forma até a fomentar os burros, que somos todos nós, a puxar este país para a frente.

Sim, porque se estamos onde estamos existem culpados, que infelizmente esquecemos, depois toleramos e idolatramos. O que foram monstros um dia, acabam reis neste país.

Oxalá me engane.



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

3 de Julho de 1980

Conferência de Imprensa à Chegada a Paris do nosso então Primeiro Ministro.

Pergunta - Sr. Primeiro-ministro. O País atravessa um período de grande agitação laboral.
Há greves em terra, no ar e no mar. Como é que o Governo interpreta este
período de grande agitação?

Resposta - Interpreta como tem sempre interpretado, aliás, em conformidade com a
serenidade. Ninguém contesta o direito à greve. Quem decreta as greves e as faz,
assume as suas responsabilidades. Cada um assume as responsabilidades e depois
será oportunamente julgado, de um modo político nas eleições, de um modo
sindical nas eleições para os próprios sindicatos. Vamos a ver quem é que os portugueses
entendem que defende melhor os interesses dos trabalhadores.

Germanlandia

Se eu fosse alemão também me teria insurgido com a presença de Ângela Merkel em algum lugar por onde estivesse perto.
A terrível senhora ainda não fez cair a Grécia, apoia (como pode, dado o seu espectro político) os países em dificuldade, dá suporte político à manutenção da moeda única (refutando a teoria de duas moedas, um euro forte e outro para os fracos), e tudo isto à conta dos meus impostos.
Ai, assim também eu me insurgia!

Agora como sou português, critico-a por tudo o oposto, como se tivesse sequer legitimidade para isso (não pago os impostos que os Alemães pagam e que nos têm ajudado a sobreviver fora dos mercados).

Certo, nem tudo são rosas, e a política europeia tem falhas.

À crise europeia terá que se responder com mais Europa, portugueses, alemães, todos os outros, terão que convergir para um ponto em comum.
Se isso é federalismo?

Não faço ideia, sei que somos um continente velho, esgotado, vulnerável, que nos próximos 20 anos não terá sequer um país no G-8, talvez um ou dois nos G-20.

Aí sim, o projeto europeu, solidário, de convergência estará esgotado, falido, morto, enterrado apenas na mente dos saudosistas.

A Europa de amanhã decide-se hoje e não podemo-nos alienar nem alhear disso.