quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Inoperância que se paga caro, bem ou mal, justa ou injustamente

A inoperância paga-se caro.
Não decidir acaba por ser uma decisão, ou seja, decide-se que não se decide.
Ora os políticos são eleitos para isso mesmo, decidir, tomar posições, escolher rumos e opções.
Quando a reforma administrativa começou a ser ventilada foram dadas 2 oportunidades aos municípios, neste caso às Assembleias Municipais, para se pronunciarem: Antes e depois da proposta de uma unidade técnica.
Aqui em Ourém os eleitos optaram por não decidir.
O PSD apareceu com uma proposta que acabou por retirar, sem ser votada e pouco mais foi feito. Depois, já com a proposta, lá se tentou fazer algo, mas em vão.
Onde não há vontade não é fácil construir, mas sim antes destruir.
Com a publicação recente da reforma administrativa ficou-se a saber que freguesias vão ser unidas, bem como qual delas fica com a sede da União das Freguesias tal, tal e tal.
Obviamente que após as autárquicas o nome será outro, não se manterá, a sede também pode ser mudada, é certo.
Mas com esta lei, quer se queira, quer não se queira, quer se fale em união, podemos dizer que Gondemaria foi fundida à freguesia do Olival, Ribeira do Fárrio e Formigais a Freixianda, Cercal a Matas, Casal dos Bernardos a Rio de Couros.
Bem, ou mal, a inoperância paga-se caro.

Contudo, a meu ver, houve um político que se saiu bem na fotografia.
O Presidente de Casal dos Bernardos conseguiu que a sua Assembleia votasse a favor da fusão da sua freguesia a Caxarias.
Mas até nem essa vontade foi feita.
Afinal o preço de não se decidir já se sabia: Aceitar o que outros entendessem. Assim foi.
Agora é aguentar.

2 comentários:

  1. Caro Zé Expresso, o seu post é o retrato da ignorância em política. E não estou a dizer, sublinho, que V. seja ignorante, estou a dizer que, COM A INFORMAÇÂO QUE NOS É INSTILADA, nos levam a fazer posts como este.
    Não vou tomar-lhe muito tempo. Apenas lhe digo duas coisas: 1. se a AM tivesse decidido o que quer que fosse só passaria se de acordo com uma legislação iníqua e destruidora do Poder Local, e assim se transformaria o projectado "assassínato" em "suicídio";
    2. não se fundiu esta freguesia com aqueloutra ou estas com aquela, extinguiram-se todas as que deram lugar a UNIÕES das que se extinguiram.
    Ultima palavra (pelo menos por agora): a luta contra esta legislação ainda não acabou, até porque a lei é de tal modo absurda que dificilmente passará à prática com as eleições que (talvez) se realizarão em Outubro.

    Saudações

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  2. Obrigado Sérgio pela Sua visita ao meu Café.
    Pode parecer estranho, mas acho que o meu post e a Sua resposta são perfeitamente compatíveis.
    Pagou-se por inacção, justa ou injustamente.
    Agora é aguardar.
    Creio que Outubro nos trará boicotes eleitorais (a malta da Gondemaria será a mais acérrima, certamente), mas penso que acabará por se concretizar grande parte das uniões.
    Quer se queira, quer não se queira, justa ou injustamente.
    Seria de facto um suicídio, haveria apenas uma vantagem: hipótese de escolha.
    Mas quando se é contra, é contra, e não decidir é uma decisão, tão legítima como as outras.
    Volte mais vezes, o nosso cafezinho é sempre bem servido para os amigos. Grande abraço.

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