quarta-feira, 29 de maio de 2013

Era cortar-lhe os bigodes…

Quando a redução de pessoal na função pública é tão falada, quando em Portugal as funções sociais do estado são cada vez mais reduzidas, quando o País tem um índice de endividamento público assustadoramente crescente, quando tudo isto acontece, eis que existem no País 240 delegados sindicais a tempo inteiro (só na educação???!!!!), todos pagos pelo erário público.
Que anormalidade gritante, 240 professores (alguns quase nunca o foram), a sugar os nossos impostos, em nome da suposta liberdade, da existência de direitos à greve, à manifestação, à existência de sindicatos livres.
Por essa liberdade escravizam-nos a trabalhar?
Uns dizem que é irrelevante, outros, como eu, acham que é dessas irrelevâncias que o país se encontra atolado.
Ainda por cima sobe o mote de sindicalismo livre?
Sim a CGTP é completamente livre, não tem nada a ver com o PCP, da mesma forma que a UGT nada terá a ver com PS e PSD.
Palhaços?
Não, coitados dos palhaços, merecem maior respeito que estes bigodes imundos.
Chulos?
Sim parece-me acertado. Chulos do Sistema.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Tá-se bem por Ourém [03-XXIV]: Crime? Sim, pelo menos de Gestão Danosa…

Quando digo que estamos muito mal representados em Ourém, digo em particular aos queridos fatimenses que, desde há muitos mandatos a esta parte, têm sido cometidos verdadeiros crimes de guerra no que toca à gestão autárquica municipal.
Fátima tem uma identidade muito própria que merecia por certo outro comprometimento da administração central e local.
E não é com uma obra numa avenida, paga na sua maioria pela União Europeia e pelo Santuário, que me atiram areia para os olhos.
Falo-vos hoje do tão badalado Fórum Cultural de Ourém, um projeto que seria suposto nascer na antiga rodoviária daquela cidade. Uma sala de espetáculos com 2 ou 3 cinemas, exposições, lojas etc…
Em contas grosseiras, num projeto que se encontra lado a lado com um cineteatro às moscas, já foram gastos entre 150 000 a 200 000 euros, em estudos e traquitanas.
Como é possível?
Que tonteira é essa?
Sabe-se que é um projeto que jamais terá a curto médio prazo pernas para andar, as lojas da cidade estão vazias, a sala de espetáculos em frente está sobredimensionada. Não há cultura para tão pouco espaço.
Vejam Leiria. Cinema City às moscas, à beira do precipício. Como é possível em Ourém ter-se gasto tanto dinheiro neste mandato em algo que, o senso comum, percebe que não tem razão de ser?
Se a este montante juntar-mos a famosa tourada, e o famoso festival de cinema, falamos em mais de 250 000 euros para o caixote do lixo.
Se isto não é crime, económico, não sei o que será…



quarta-feira, 15 de maio de 2013

Tá-se bem por Ourém [03-XXIII]: Conterrâneos…. Assim não dá. É lei, é lei.

Nasci em Fátima, em 1963, foi me atribuído um apelido que nunca antes tinha sido da família: Marto.
Foi uma ideia de meu pai, em homenagem aos videntes, a alguns familiares próximos que foram seus companheiros de trabalho, entre os quais o meu padrinho de Baptismo.
Apesar de raízes humildes a minha geração foi granjeada com um apelido que enobrecia a família. Cresci fora de Fátima, estudei, trabalhei, sempre justificando que, não sendo da família dos Pastorinhos, havia uma relação afectiva para com eles e para com a minha terra.
Tenho imenso orgulho nela, apesar de tudo, apesar das gentes incapazes que a têm governado a partir de Ourém.
É com pena que vejo algumas tomadas de posição, a forma como a Câmara lidou com o Santuário, e agora, a forma como o regulamento de exposição de artigos na via pública está a ser (des) respeitado.
De facto não podem só cumprir alguns, têm que cumprir todos!!!!
Em 50 anos parece-me, salvo honrosas excepções, que está cada vez pior.


[Brevemente trarei à baila um assunto que me tem incomodado na nossa cidade, um prédio de uma tal congregação, que está a ser construído em violação aos regulamentos urbanísticos da cidade… junto à congregação do Verbo Divino. Para uns só se pode ter erva, para outros dá para enriquecer...].

Cortes…. Cortes e mais cortes… [Escrito dia 13 de Maio]

Fernando, esta matéria era mais apropriada para ti, mas não resisti a escrever umas linhas.
Ao que parece os cortes nas pensões em Portugal vão continuar no relatório da 7.ª avaliação da Troika, perdendo o carácter obrigatório, dada a oposição firme do CDS.
Esta medida veio revelar uma coisa: o que era verdade e garantia hoje, não o será mais a partir de agora.
Se a medida avançar o caminho e o precedente estão abertos, a partir daí tudo pode acontecer: Quase como que obrigar os cidadãos a venderem órgãos ao estrangeiro, para permitir manter as exportações em alta.
A nossa história política, económica e social, pós-25 de Abril é uma forma de organização social insustentável, irracional, que teria de acabar.
A crise talha os mais fortes, e aos fracos resta sacrifícios para resistir.
Todos nós aceitámos como “normal” alguém entrar para a reforma, pré-reforma, reserva aos 40 e poucos anos. Não era justo, mas era normal.
Muitas dessas pessoas estavam unidas a nós por sangue. Daí o nosso silêncio.
Com esperança média de vida na casa dos 70 anos não seriam estupidamente insustentáveis essas opções?
Eram…
E hoje, por isso mesmo, pensam-se cortar as pensões.
Pois, uns comeram a carne, outros vão roer os ossos.
Uma professora primária com 2000 euros de reforma. Seria justo?
Não, não era nunca foi.
Este corte nas pensões, com retroactivos, vêm relevar duas coisas:
1-      A situação do País está muito mas muito má, senão jamais um governo hipotecaria assim a sua hipótese de reeleição;
2-      Se não se arranjar maneira de cortas as despesas de funcionamento do estado, rapidamente, um segundo resgate será avassalador. Irá simplesmente roubar as pessoas que tenham mais de 100 mil euros em depósitos bancários.
Posto isto o que será melhor?
Abrir um precedente grave? Lutar contra a inconstitucionalidade? Arranjar formas alternativas de cortar na despesa?
Não sei, mas haverá sempre uma terceira via:
O seu fígado é grande de mais para si;
Afinal não precisa de dois rins, etc…
Que Deus me perdoe, mas isto não está para brincadeiras.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Tá-se bem por Ourém [03-XXII]: Sr.ª Deolinda, “Acha que deve continuar como presidente deste órgão?”

Sr.ª Deolinda, “Acha que deve continuar como presidente deste órgão?”
Foi desta forma que a bancada do PSD interpelou a Presidente da Assembleia Municipal de Ourém, em exercício.
Isto aconteceu depois da Presidente ter declarado à Assembleia que se havia desvinculado do PSD, passando a assumir o mandato como independente.
Os sociais-democratas ripostaram dizendo que esta não tem condições para exercer um cargo, onde está porque simplesmente foi eleita pelo PSD.
Foi uma troca de argumentos em género de Chá/Fado que feriu os tímpanos do maior partido da oposição, da Sr.ª Deolinda, mas que soube à mais bela melodia a Paulo Fonseca, a José Alho e companhia.
Enquanto uns roíam as unhas, outros sorriam, porque lhes sabia bem.
O PS é inteligente, está unido por algo muito forte, o poder.
Porque não tenham dúvidas, se fosse ao contrário, se os atores trocassem de partido, seria tudo igual.
Eu não me esqueço que ainda há muito pouco tempo se estudava no seio do PS Ourém mais elitista o “despedimento” de Lucília Vieira e de Nazareno do Carmo.
Tal só não se consumou porque não vale a pena.
A batalha aproxima-se da vitória, não é necessário abrir feridas.

domingo, 5 de maio de 2013

Crónicas de um mago: Crescer sim, mas daqui a dois anos…

O desemprego vai aumentar, contudo prevê-se que esse crescimento seja invertido, mas apenas daqui a dois anos.
A economia vai se manter no ciclo recessivo, contudo prevê-se que venha a crescer, mas apenas daqui a dois anos.
Este discurso, repetido anualmente, faz me lembrar um outro antigo, o discurso dos choques: Choque Fiscal do Barroso, Choque Tecnológico do Sócrates e, no final, quem ficou electrocutado foi o País.
Andamos fartos de adiamentos e de ver o barco a afundar paulatinamente.
Quando é que é daqui a dois anos?
Chega de previsões falhadas, de falsas esperanças. O que se concretizam são apenas desgraças.
Malogrado povo, malditos dirigentes, corja de incompetentes.
Logo às 20 horas segue novo capítulo… Documentos (D)Estratégico Orçamental!

Atenção: Sou completamente apartidário…

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Tá-se bem por Ourém [03-XXI]: 2 a 1 Ganha o PS de Fonseca, no jogo da zanga das comadres……

Que grande GALO no PSD….. Ups grande Golo de Fonseca….
Na sequência do último post do Carlos [Café-Expresso], onde chamava de Troca-tintas à Sr. Presidente da Assembleia Municipal de Ourém, gostaria de comentar uma notícia do Mirante.
De facto a Sr. Professora Deolinda Simões é candidata à Assembleia Municipal de Ourém, situação que fragiliza a candidatura do PSD/CDS à Câmara de Ourém, mas que põe a nu e que descredibiliza todo um percurso feito por esta política.
De fundadora do PSD local a sua hipotética destruidora.
Mais uma vez se prova que quem vive em política, e da política, tem uma sede de poder imensa.
A Sr. Presidente foi sendo vendida ao longo do mandato, passando a tomar partido pela posições da Câmara Municipal, o que desde cedo criou fortes clivagens no PSD local.
Desde as guerras fratricidas entre Moura-Albuquerque-Frazão, que o Partido Social-Democrata tem sido um jogo de tabuleiro, um enorme saco de gatos a esfarraparem-se.
Esta saída de Deolinda é apenas um capítulo desse jogo, um capítulo que significará muito em Outubro.
De entre estes jogos de interesses, de comadres e compadrios existem beneficiados e prejudicados:
Beneficiado: Paulo Fonseca e o PS de Ourém que souberam capitalizar este descontentamento de Deolinda Simões;
Prejudicados: o PSD de Ourém na candidatura de Luís Albuquerque, e a própria Deolinda Simões, que vê o seu nome empoeirado.

Empoeirado sim, porque com esta posição está a ratificar e a tomar partido por um executivo que, infelizmente, pouco tem feito pelos Oureenses/Fatimenses, por um executivo do show-off, da propaganda, das palavras bonitas. Um executivo sem visão estratégica, sem obra, sem capacidade nem controlo da despesa pública, sem estofo para ter arrumado a casa e por o concelho a crescer.
Um executivo que prometeu um 25 de Abril mas que fala constantemente em terrorismo, e que não gosta de opiniões divergentes.