Em outubro de
2008, à época do Governador Civil Paulo Fonseca, eram noticiados os atrasos nos apoios às vítimas do tornado que, seis meses antes, tinha assolado os concelhos
de Santarém, Alcanena e Torres Novas (na altura da governação socialista).
Volvidos mais de
cinco anos, já em 2014, as vítimas do incêndio que deflagrou em Ourém, em 2012,
continuam à espera dos apoios que, pasme-se, foram enviados por um município
francês, de Plessis-Trévisse.
Duas histórias, o mesmo ator principal.
Centrando-nos na
história mais recente, e recordando a notícia de Fevereiro de 2012 do jornal O Mirante, é nos noticiada a vinda a Ourém de uma comitiva francesa, com um total
de 60 mil euros de apoio para as vítimas de incêndios em Ourém.
Reparem neste
pormenor, o dinheiro era para apoiar as
vítimas de incêndio! Não se esqueçam dele ao longo desta crónica.
Dizia, à data,
Paulo Fonseca que “não nos podemos resignar face ao que foi feito na altura dos
incêndios mas sim tentar sempre melhorar”.
É esse grau de
exigência que prosseguimos com este blogue, daí a nossa dúvida, empolada por
diversas vítimas anónimas desta calamidade que nos contactaram: Onde para o dinheiro que era para apoiar
vítimas de incêndios?
O apoio recebido
foi reencaminhado para um protocolo entre a empresa municipal Ourémviva e as
IPSS locais, conforme explicitado na mesma notícia pelo (nada) saudoso José
Alho, articulando “responsabilidades de todos os intervenientes e o método de
aplicação dos apoios financeiros na recuperação e ordenamento da área ardida e
recuperação dos vários danos decorrentes dos incêndios”.
As palavras eram
bonitas e a cerimónia pomposa, não fosse 2013 ano eleitoral. O problema é um e
só um, métodos e tretas à parte: O dinheiro, que era para, apoiar as vítimas de incêndio, nunca chegou ao seu destino final.
Daí a secção socialista de Ourém ter pouca moral
para vir dizer que se solidariza com o atual executivo municipal e com as
populações afetadas pelos incêndios (as mesmas que esperam pelos 60 mil euros),
devido ao corte no Contrato de Desenvolvimento Social feito pelo Governo.
As cores mudam, as quantias também, a
moral, essa continua a mesma: muito pouca, para manter a política hoje e sempre
PORCA.
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