sábado, 12 de julho de 2014

Tá-se bem por Ourém 04-XXXIV: Visto de cima…. Os independentes “tatuados” – Tudo sobre o MOVE



O cenário que vivo, a proximidade ao fenómeno Porto do meu querido Rui (Moreira), permite-me tecer comparações, soltar opiniões sobre outros fenómenos, outros projectos ditos “independentes”.
A altura é propícia para isso, passa quase um ano das eleições autárquicas, e volta-se a dar a importância e o relevo nacional que o Rui merece, acercando-se dele diversos partidos, tendo em vista o seu apoio as legislativas.
Um projecto independente e mobilizador que está a fazer o Porto crescer.
O outro projecto independente, que me faz escrever hoje é o MOVE, impulsionado pela Deusa Blogosfera que sobre ele me trás hoje novidades.

  1. Diz-me a Deusa que se discute por Ourém se Vítor Frazão desertou do PSD, ou não?
Desertar implica sair de algo, deixar o grupo, abandonar, fugir?
Frazão fugiu?
Não Frazão não fugiu, passou sim para as linhas inimigas. Traiu o partido no qual cresceu. Simples!!!
É tão independente quando Narciso Miranda, Fátima Felgueiras, Marco Almeida, ou outros o eram.
  1. E o MOVE é mesmo um movimento independente?
Não, não é. Nem é movimento, porque isso implicava a existência de bases ideológicas e programáticas claras, a definição de uma visão para o município e, claro, pessoas, massa crítica.
Nem é independente, já que a natureza, quanto à independência, está completamente contaminada pela falta desta no seu líder.
  1. Jogos de bastidores?
Sim, existiram de facto jogos de bastidores, que por um lado subverteram a vontade do eleitorado, ao colocar Deolinda Simões na cadeira em que o povo havia dito que não, mas que não se ficaram por aí.
Esses jogos contaminaram o “movimento” MOVE e fizeram que algumas figuras ligadas ao PSD, de Frazão, tenham saído, não se revendo no que se havia feito ao enfant terrible, João Moura.


  1. Presente e futuro do MOVE por comparação com o fenómeno Rui Moreira.
Além de tudo o que foi dito, para mim, não há sinal mais claro do insucesso do MOVE que a postura dos seus membros. Se ainda hoje se fazem estatísticas eleitorais, para demonstrar o quanto o MOVE foi um fenómeno em 2013, significa, só, que este foi um episódio pontual.
“Tão a ver? Tão a ver?
 Tivemos x votos, mais y que z, em comparação com h.”
Um verdadeiro movimento, ao estilo Moreira, não olha mais para isso, enfrenta os desafios do presente e do futuro, mobiliza, recria-se, implanta-se naturalmente.
Esta postura demonstra o quanto o MOVE não é presente, mas apenas e só uma fugacidade eleitoral.
O MOVE está demasiado agarrado à imagem de Vítor Frazão, refém da sua popularidade, da sua forma de fazer política, com muito empenho, muita garra, mas sem sumo nem conteúdo.
O Rui é homem do Porto, também do folclore, das festas, mas é sobretudo um homem de estratégia, de rumo, com orientações.
Rui nasceu para a cidade, pensou o Porto, estruturou ideias, planeou o seu futuro, faz porque pensou vir a fazer. Rui é um homem político que vive daquilo que pensa, de projectos e ideias fortes, estruturadas e encadeadas.
O MOVE nasceu para Frazão, com ele irá definhar, limitou-se a trivialidades, ao catalisar do desespero e descontentamento, mas sem oferecer soluções e melhorias palpáveis. Como o seu líder, o MOVE, irá mover-se para fora do panorama político oureense, porque as baterias não duram sempre, as pilhas gastam-se.

Se querem viver, MOVE, reinventem-se, mostrem que existem.
Não basta olhar para 2013, porque aí a tendência é olhar para trás e não esquecer o que era Ourém em 2009, o que era a governação social-democrata de Vítor Frazão, ao sabor do vento ao toque de filarmónica, sem estratégia, com muita garra mas pouca táctica.

Por tudo isto, Rui, és já um mestre, com o qual muito me orgulho de aprender.


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